"A criança é o amor feito visível".
- Friedrich Novalis
té nos mais vividos anciãos.
Quem de alguma forma me acompanha ao longo dessa existência sabe que criança é um dos meus pontos fracos. Quando vejo um pequeno na rua, logo sinto vontade de carregar, de fazer um cafuné, de cuidar. Porque é disso que criança precisa: de cuidados - carinho, atenção, educação, auxílio material, dentre outros. E através do seu cuidado você pode conquistar o amor desses seres adoráveis (o que muitas vezes não é fácil). Pois acreditem: nada é mais forte, bonito e sincero do que o amor de uma criança. Em pouco tempo ela nos rouba sorrisos e renova nossa alma. É simples: você a trata com carinho e atenção, e ela te retribui com boas risadas, mais carinho, sinceridade, pureza... uma criança pode ser um verdadeiro spa! E não creio que esse cuidado com os pequenos signifique excesso de sensibilidade; pra mim é ser humano no sentido pleno da palavra, é ser gente.
Não é à toa que fico realmente incomodado com os casos de violência física e psicológica contra crianças que chegam ao meu conhecimento. Não entendo, não consigo! Uma criança não merece e não pode passar por isso. É como se a minha própria infância, da qual me lembro com intensa nostalgia, fosse agredida, agonizasse e perdesse o sentido. Formamos boa parte do nosso caráter quando ainda pequenos, aprendemos com exemplos. Às vezes temos nossos momentos de frieza e impaciência e nos deparamos com pirraça, bagunça (o que é, de certa forma, natural a uma criança) e outros desafios impostos pelos que estão começando a vida, mas precisamos manter a calma e pensar a longo prazo. Faz-se essencial transmitir bons valores às futuras gerações, cultivando o respeito e a tolerância desde já.
Se dependesse de mim, todas as crianças seriam muito, muito felizes - como eu fui durante a minha saudosa infância; nada mais justo. Porque se ainda há algo capaz de alegrar esse nosso mundo que costuma se mostrar cinza e seco, trata-se das almas angelicais dos pequenos sonhadores.
Eu já fui criança, me orgulho em poder dizer que ainda tenho muito dessa criança em mim e espero levar esse espírito para além da vida, nem que seja na memória dos que verdadeiramente me conhecerem.