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Pessoas vêm e vão. E essa é, a meu ver, uma das
coisas que tornam a vida ainda mais caprichosa, imprevisível e repleta de
ironias: a instabilidade das relações humanas. O que hoje é, amanhã talvez
não será. Quem hoje te faz companhia, amanhã talvez evitará sua presença.
Se quiserem partir, não se aborreça, não comprometa sua juventude e sua
sanidade. “Quando um não quer, dois não brigam”, dizem por aí – e eu
corroboro! Repito a primeira frase, agora invertida, pra mudar o sentido da
afirmação: pessoas vão e vêm. Uns se distanciam, mas outros se aproximam e
chegam para ficar. É assim desde o início dos tempos. Se quiserem vir para
somar, se quiserem compartilhar bons momentos, devemos estar de braços
abertos para proporcionar uma calorosa recepção. Se quiserem ir, “a porta da
rua é serventia da casa”. E que aproveitemos até as partidas mais abruptas e
insensatas para amadurecimento próprio – porque aprendemos desde cedo que o
melhor a se fazer com o lixo é reciclá-lo, e isso deve ser aplicado de modo
análogo a algumas das nossas relações pessoais. A cada partida, um vazio capaz de fazer qualquer flor murchar. A cada chegada, a esperança que desabrocha as mais vistosas corolas.
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Para ler ao som de "Encontros e despedidas". =)
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=oJPDJUOErlo
Muito oportuna a sua intervenção, Guilherme! Foi impossível não me lembrar dessa música e estabelecer algumas associações enquanto estava escrevendo.
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