"Exige muito de ti e espera pouco dos outros.
Assim, evitarás muitos aborrecimentos."
- Confúcio
Depois de um bom tempo de conversa, eu comecei a acreditar
que quando finalmente chegasse o momento do nosso tão aguardado encontro eu
descobriria uma flor no meio do deserto. No meio de um verdadeiro deserto, onde
cada grão de areia equivale a uma pessoa superficial, desinteressante, sem conteúdo
e sem caráter. Mas eu vi que ainda teria uma flor ali e me alegrei, porque a
flor estava, aparentemente, pronta pra ser colhida.
Mas não foi bem o que aconteceu quando finalmente me aproximei dela. Ao me
abaixar para pegá-la, um vento muito forte veio e a levou para longe. Tão longe
que eu ainda insisti em procurá-la, mas não mais a encontrei. E até pareceu que
ela queria ser levada, que queria se esconder de mim! A impressão que eu tinha
é de que ela estaria bem fixa, mas, para minha frustração, não ofereceu
resistência alguma à força do vento: quis voar, quis conhecer o horizonte. Mas
a culpa nem foi dela, isso eu entendi -
alguém antes de mim ficou tanto tempo tendo contato direto com ela que acabou
por cortar a haste que a prendia ao solo, deixando-a disponível para a ação do
vento.
Talvez também no fundo não se tratasse de uma verdadeira flor. Não do
jeito que eu pressuponho ser uma flor, pelo menos. Talvez fosse apenas uma
miragem que minha mente imaginou no meio do tal deserto.
E nem uma única pétala sequer restou pra mim. Deixei o cestinho que tinha
preparado para ela cair ao chão diante da inevitável frustração.
Agora só me resta esperar que alguém com boas intenções me enxergue da mesma
maneira: como uma dádiva no meio desse deserto. E que nenhum vento me leve para
longe, porque não é isto que eu quero no momento.
Quero me oferecer por inteiro
a quem com todo o carinho me remover desse deserto seco e severo. Espero também
que a flor encontre a felicidade e um significado no final das suas andanças.
Depois de um bom tempo de conversa, eu comecei a acreditar que quando finalmente chegasse o momento do nosso tão aguardado encontro eu descobriria uma flor no meio do deserto. No meio de um verdadeiro deserto, onde cada grão de areia equivale a uma pessoa superficial, desinteressante, sem conteúdo e sem caráter. Mas eu vi que ainda teria uma flor ali e me alegrei, porque a flor estava, aparentemente, pronta pra ser colhida.
Mas não foi bem o que aconteceu quando finalmente me aproximei dela. Ao me abaixar para pegá-la, um vento muito forte veio e a levou para longe. Tão longe que eu ainda insisti em procurá-la, mas não mais a encontrei. E até pareceu que ela queria ser levada, que queria se esconder de mim! A impressão que eu tinha é de que ela estaria bem fixa, mas, para minha frustração, não ofereceu resistência alguma à força do vento: quis voar, quis conhecer o horizonte. Mas a culpa nem foi dela, isso eu entendi - alguém antes de mim ficou tanto tempo tendo contato direto com ela que acabou por cortar a haste que a prendia ao solo, deixando-a disponível para a ação do vento.
Talvez também no fundo não se tratasse de uma verdadeira flor. Não do jeito que eu pressuponho ser uma flor, pelo menos. Talvez fosse apenas uma miragem que minha mente imaginou no meio do tal deserto.
E nem uma única pétala sequer restou pra mim. Deixei o cestinho que tinha preparado para ela cair ao chão diante da inevitável frustração.
Agora só me resta esperar que alguém com boas intenções me enxergue da mesma maneira: como uma dádiva no meio desse deserto. E que nenhum vento me leve para longe, porque não é isto que eu quero no momento.
Quero me oferecer por inteiro a quem com todo o carinho me remover desse deserto seco e severo. Espero também que a flor encontre a felicidade e um significado no final das suas andanças.
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