A Encarnação do Amor Sem Limites
Dedicado à única rainha que reverenciarei até a morte.
Em dias como este, a gente se dá
conta de que nosso cordão umbilical pode até ter sido cortado logo após o
parto, mas a ligação que ele estabelecia não é meramente física. Trata-se de
um vínculo muito maior, que não se corta com o tempo, com a distância ou com
qualquer outra adversidade que a vida venha a apresentar. E se por algum momento
duvidamos de que existe amor sem limite, basta que nos lembremos de que na
sombra de todo ser humano se reflete, luminosa, a imagem de uma mulher sem
igual: a mãe.
As mais belas palavras
são semanticamente ineficazes para traduzir minha eterna gratidão a quem me protegeu
e aguardou minha chegada por longos nove meses, e que ainda hoje me protege com
o calor dos seus sinceros sentimentos. Senhora do tempo, fez-se insubstituível em
meu passado, o é em meu presente e assim sempre será. Seu único defeito é ser
mortal; todavia, me é eterna.
Abdicou da própria vaidade ao perceber as alterações no corpo
decorrentes da gravidez até o momento em que, em mais uma singela prova de
amor, suportou as dores do parto. Dores intensas, presumo, mas proporcionais à
alegria de que desfrutou ao sentir-me em seus braços, todo frágil e assustado. Começava ali uma nova jornada de
muitos sorrisos, lágrimas e amores recíprocos.
Amamentou-me, aqueceu-me, acompanhou meus primeiros passos, ergueu-me e conteve
meu pranto decorrente das inevitáveis quedas. Ouviu minhas primeiras palavras
soarem como música para seus ouvidos, vibrou diante de cada uma das minhas
conquistas pessoais, não economizando sorrisos e emoção. Quando precisou ser
forte para me encorajar, secou minhas lágrimas. Quando não conseguiu, chorou
comigo. Dessa forma, nunca se mostrou alheia a nada do que me ocorreu. É por tudo isso que deixo registrada aqui uma
parte de todo o meu amor e admiração, que só fazem crescer com o passar dos
anos.
E que aqueles cujas mães já não se encontram
entre nós se sintam abraçados e confortados pelo fato de que, se chegaram a
ser as pessoas bem sucedidas de hoje, grande foi a contribuição da mulher que os gerou para
tal resultado. Ainda que não tenham convivido com a figura materna, a
Genética corrobora o que acabei de dizer, bem como a certeza de que a vida
que lhes foi concedida já é uma incontestável prova de amor.
Que lindo, Alê... Fiquei emocionada aqui =)
ResponderExcluirObrigado, Jenyfer! É muito gratificante saber que minhas modestas palavras tocam quem lê de alguma forma ^^
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